segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

um dia e nada mais

E mais um dia ela acordou. Acordou daquele jeitinho que todo mundo gosta, abalando. E abalada. E logo ela que se dizia inabalável. Levantou da cama num pulo e abriu a janela pra sentir os primeiros raios de sol do dia. 'Nossa, meu cabelo deve estar horrendo...'. Ainda pensava o que seria da sua vida nos próximos dias. E só de pensar nisso seu estômago revirava de ansiedade. Se dava conta de que não fizera outra coisa além disso desde que se entendia por gente, e o que é pior, de nada adiantava. E é sempre assim, sofrer de véspera e quebrar a cara no momento. Abriu a porta do quarto, caminhou pela casa ainda quieta e foi direto ao banheiro. Olhou-se no espelho e o cabelo não estava tão mal assim. Mas não gostou da sua fisionomia distorcida pelo travesseiro e nem dos olhos vermelhos, sinal do sono incompleto. Caminhou vagarosamente em direção a cozinha, notando que os cômodos tornavam-se cada vez mais iluminados. Provavelmente sua mente já lhe avisava que teria que despertar, gostando ou não. Tomou seu café da manhã, escovou os dentes e sentou-se de frente para o relógio. Todo final de semana ainda refletia na sua consciência e sentia que algo havia ficado incompleto, como todos os dias. Os seus dias estavam incompletos, talvez porque sua vida se encontrava incompleta. Era essa dependência que causava o sofrimento totalmente desnecessário. Bom mesmo é buscar o que te completa em si mesmo. Uma hora todos se vão, é inevitável. Ela tinha uma parte de si em cada pessoa que amava, mas era como sempre ouvira: 'Procure alguém que lhe faça transbordar e seja completo por você'...era isso que faltava, se completar. E não mais enxergar sua vida/coração como um jogo de quebra cabeças ou resta um...

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