sexta-feira, 30 de novembro de 2012

essa tarde.

Me afastei do que eu pensava que era. Talvez eu não seja nada daquilo que pensava que era. Ou de fato eu sou, mas me afastei do que sou. Questionamentos vagos.
O inferno astral se assanha entre as minhas pernas como um gato preto em sexta feira 13. Ou se esfrega na minha cara como aquela realidade que você fecha os olhos todas as noites rezando pra que acorde e conclua que tudo era mentira.
Ando com medo de perder pessoas, perder o amor, o sentimento, ver a frieza bater a minha porta pedindo cobertores, de perder a própria perda.
Sei que cada pessoa que leia essas palavras pensará: 'Nossa, ela está realmente mal...'. Os mais próximos virão em socorro achando que a onda ruim superou a imensidão do oceano. Não se preocupe, ela nunca supera. Continuo vivendo o meu ciclo diário de preocupações cotidianas. Os medos na verdade fazem parte do que eu sou...desde pequena aprendi que o medo é sim, um empecilho pra muitas coisas, mas garanto, ele me protegeu de coisas muito piores. E o pior nem a vida em si, mas o que nela se esconde.Mamãe foi quem me ensinou. Aliás, saudades dela...e daqueles em que minhas escolhas me fizeram ficar a alguns kilômetros de distância porque um sonho, ou uma vontade pessoal e porque não, um egoísmo já não se encontravam no mesmo solo onde eu pisava.
Eu estou bem. Ainda tenho as mesmas crenças, continuo acreditando no mesmo Deus que adora me ver desesperada às vezes porque acha curiosa a maneira como abandono o mesmo no meio do caminho como se nem tivesse arrancado fios de cabelos nas unhas pela vontade de chorar feito louca...
Não se preocupem em me procurar achando que sofro...não sofro. Mas carrego o inferno. E pra superá-lo, o astral.





terça-feira, 27 de novembro de 2012

Quando o calo canta.

E quando a vontade é pegar todas essas desilusões que se soltaram no ar, e guardá-las no bolso pra não ter mais de encará-las em frente ao espelho. Correr, o mais longe e rápido possível porque todos os dias são como baldes do ácido mais corrosivo que te aproximam de uma realidade que não pode ser vista de olhos abertos. Que sequer pode ser vista. Fechar os olhos? Não, não se sabe de onde vem o tiro.