quinta-feira, 13 de setembro de 2012

dedicação.

- "Aos românticos incuráveis, aos ciumentos intragáveis, aos violentos irreparáveis, aos carentes insustentáveis, aos lascivos irrecusáveis, aos felizes desorientados, aos depressivos mal criados, aos irritantes e irritáveis insuportáveis: esse vazio é de vocês. Descubram como preenchê-lo e não atirem pedras nas vidraças alheias." - gritava o aviso no meio da rua.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

rosa.

Ela acreditava nas rosas. Sempre acreditou no poder delas e não quão encantadoras eram aquelas flores que exalavam um perfume delicado e cruel. Cruel porque trazia lembranças de uma vida passada a qual ela não gostava nem de pensar em reviver. Delicado porque era a representação do seu próprio ser e daqueles seres que a cercavam. A parte disso, cultivava muitas rosas de variadas cores no seu jardim. Sabia exatamente a sensação de ter uma piscina de pétalas e outra de espinho, porque mergulhara em ambas e voltara completamente ferida quando os espinhos perfuraram sua pele, seu rosto, sua alma. A de pétalas era o seu refúgio quando os espinhos se tornavam insuportáveis. Enquanto isso cultivava rosas. Ia sempre cultivar essas rosas. Cultuar essas rosas. Aquela rosa.